O jornal O Globo publicou na última quinta-feira (16/01) reportagem sobre os rolezinhos e a repercussão que desencadearam, com shoppings fechando as portas e movimentos sociais protestando contra a repressão. O presidente da Apadep, Rafael Português, foi um dos entrevistados e criticou a reação negativa acerca dos eventos.
“A Justiça só poderia impedir os rolezinhos fundada em grave ameaça ou grave receio. O shopping center é um espaço privado, mas de caráter público. Não pode haver essa proibição seletiva. Esse pânico está sendo gerado por esses jovens serem da periferia. É um pânico exacerbado e injustificado — disse Rafael Português, presidente da Associação de Defensores Públicos de São Paulo.
Português explicou que a Defensoria pode tomar medidas judiciais como uma ação civil pública ou mesmo mandados de segurança ou habeas corpus coletivos para garantir os rolês.
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A Apadep também divulgou um nota pública criticando a criminalização dos rolezinhos. Segundo o texto, “não será por meio de repressão que os rolezinhos vão parar. Já se espalharam por cidades de todo o Brasil e a confrontação só amplificará a repercussão do movimento com os conhecidos efeitos colaterais das ações de segurança desordenadas. Devem ser entendidos como momentos de lazer e confraternização de adolescentes e, por isso, não podem receber do Estado uma intervenção desproporcional e repressora. Em vez disso, deveríamos entender o que tais eventos têm a nos dizer. Ainda que inconsciente, os rolezinhos são uma reivindicação de uma população que tem seus direitos básicos diuturnamente negados. A resposta deve ser mais inclusão, mais espaços de cidadania, mais cidade e acesso efetivo aos direitos fundamentais”. Clique aqui e leia a nota completa.