A Defensoria Pública de Petrolina, no Sertão pernambucano, está operando com um número reduzido de defensores. Atualmente, dez profissionais fazem o atendimento à população da cidade e também de outros municípios da região.
Segundo a coordenadora da unidade, Mônica Bessa, o número de Defensores não é suficiente para atender à demanda, que abrange ainda as cidades de Afrânio, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista.
“Temos que nos desdobrar para atender a todas estas localidades e não apenas isso. Nós também atuamos nas comarcas próximas. Estamos com um concurso aberto para preenchimento de vagas. E essa é nossa esperança, que venham mais profissionais, pessoas vocacionadas para ajudar no nosso trabalho”, justificou Mônica.
Quase 900 pessoas são atendidas por mês pelos dez defensores. O número ideal de profissionais para dar conta do trabalho seria de, no mínimo, 18 Defensores.
Para tentar suprir a demanda de atendimentos, mutirões estão sendo realizados fora da sede, com o objetivo de acelerar ações. O projeto ‘Defensoria Amiga da Comunidade’ atende os moradores nos bairros mais distantes e até mesmo na Zona Rural de Petrolina. O próximo já está marcado para o sábado (8) na Escola do Núcleo 10 do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho.
A falta de Defensores Públicos para atender a população mais vulnerável não é exclusividade de Petrolina. O documento “Mapa da Defensoria Pública no Brasil” aponta que em São Paulo, o estado mais populoso da Federação, há 25 comarcas com mais de 100 mil pessoas com renda mensal de até três salários-mínimos sem atendimento da Instituição.
Os dados negativos do estado não param aí. O Ministério da Justiça recomenda que haja um Defensor Público para cada 10 mil pessoas (ou menos) com renda mensal de até três salários mínimos. Nas comarcas com Defensoria Pública, a taxa média é de 16.043 pessoas nessa situação por Defensor. Em São Paulo, essa número é de 30.418 pessoas por Defensor, a pior do país para um estado. Apenas Distrito Federal, Roraima, Paraíba e Acre têm taxas em conformidade com a recomendação do Ministério da Justiça.
Com informações do G1
