Campeonato em pontos corridos é bacana, mas quem gosta de futebol não tem como não adorar as finais em “mata-mata”. No dia dos mortos, os quatro times ainda vivos na competição levaram o mais tradicional torneio esportivos de todas as Defensorias a outro nível…
Relato da Semifinal 1
Grandíssimos do ABCDM 4 x 3 Time do Aeroporto
O último jogo do Time do Aeroporto foi a acachapante derrota de 14 x 0 para a Regional Santos. Já os Grandíssimos do ABCDM tinham na bagagem uma campanha sólida, com vitórias sobre a mesma Regional Guarulhos, Regional Ribeirão Preto e a eliminação da Maior Regional do Mundo.
Obviamente, as casas de apostas apontavam a vitória dos Grandíssimos, mas pela primeira vez no campeonato o Time do Aeroporto estaria completo e, no papel, o elenco bota medo nos adversários.
O jogo começou corrido. A Regional ABCD tinha a posse de bola e a Regional Guarulhos manteve sua estratégia defensiva com contra-ataques.
Num lance isolado, daqueles que normalmente não dá em anda, o lenhador Daniel Bidóia fez boa jogada na ponta esquerda, tirando o zagueiro de Guarulhos da jogada e chutando sem chances de defesa para Tiago Buosi. Grandíssimos tiram o placar do 0 x 0.
Gustavo “Valdivia” Monzani é considerado por muitos o melhor jogador da carreira. O fato é que ele foi a primeira escolha do draft, então era a grande aposta do Time do Aeroporto. Num lance individual, o “Valdivia” recebeu a bola, fintou o zagueirão Galati e chutou cruzado de esquerda no ângulo do goleiro Urbano. Golaço!
Mas Guarulhos tem elenco! José Rodolfo, o perigoso “Jozidane”, virou o placar para o Time do Aeroporto. A vitória parecia possível, mas ainda no primeiro tempo de jogo, com gols de Gustavo Reis e Bruno Stoppa, a Regional ABCD voltou a vencer o jogo.
Isso mesmo! 20 minutos de jogo, 05 gols e duas viradas. Que jogo!
No segundo tempo, Jozidane voltou a balançar as redes do ABCD deixando tudo igual. Já nos minutos finais do segundo tempo, eis que a figura do jogo reaparece, Daniel “Chulapa” Bidóia, e coloca os Grandíssimos novamente à frente.
Apesar da pressão do time do Aeroporto, esse foi o placar final.
Gols: Daniel Bidoia (duas vezes), Gustavo Reis e Bruno Stoppa para a Regional ABCD; José Rodolfo (duas vezes) e Gustavo Monzani para a Regional Guarulhos.
Toca nele que é gol: com dois gols, Daniel “Chulapa” Bidóia, também conhecido como Daniel Jibóia ou “o lenhador”, mostrou que é um jogador diferenciado.
Esse é mito: enquanto alguns atletas deixam de jogar por causa de qualquer coisinha, outros não deixam de jogar por nada. Foi assim que o mito Juliano defendeu a Regional de Guarulhos, jogando mesmo apesar de acometido de conjuntivite nos dois olhos.
Relato da Semifinal 2
Tubarões da Baixada 3 x 0 Boleiros de La Roça
O favoritismo dos Tubarões da Baixada era indiscutível, mas impossível dizer que o placar (nem tão elástico assim) refletiu a história do jogo.
O jogo foi disputado do início ao fim. Os Boleiros de La Roça mostraram que não estavam intimidados pelos Tubarões e partiram pra cima. Liderados por Samir e com boas atuações de Jonas e Junin, chegaram a assustar o goleiro Thiago Cury com bola na trave e chutes perigosos.
Os Tubarões da Baixada certamente não esperavam por esta postura da Regional Ribeirão Preto e tiveram dificuldade em impor seu ritmo de jogo.
Mas a Regional Santos não era a atual campeã do Torneio de Verão e Vice-campeã da I Supercopa por acaso. O elenco dos tubarões mostrou entrosamento e conseguiram abrir o placar com um lance de lateral para cabeceio do camisa 10 Rafael Vinhas, que se reconhece apenas como um bom jogador de tênis (???).
Intervalo de jogo e placar magro de 1 x 0 para Regional Santos.
O segundo tempo foi ainda mais movimentado que o primeiro. Num lance inusitado, Gustavo dos Tubarões pegou a bola em sua própria área, foi indo, foi indo e “acabou fondo”… ninguém parou o zagueirão, que encheu o pé para um gol sem chances de defesa para André.
A Regional Ribeirão Preto não largou o osso e acreditou na classificação até o fim, com destaque para a bomba no travessão em chute de Aluisio, que também desperdiçou cobrança de pênalti ao acertar a trave esquerda do Thiago Cury.
Kaká fechou o placar e acabou com todas as esperanças de título para os Boleiros de La Roça.
Gols: Rafael Vinhas, Gustavo e Kaká para a Regional Santos.
Toca nele que é gol: ninguém marcou duas vezes nesta partida, mas Gustavo mostrou tranquilidade para marcar um belo gol, apesar da falha coletiva de Ribeirão.
Relato da Disputa de Terceiro Lugar
Boleiros de La Roça 6 x 1 Time do Aeroporto
Terceiro lugar? Quarto Lugar? Ribeirão e Guarulhos saem da supercopa com aquela sensação de que podiam mais.
Você já cansou de ouvir o famoso clichê “o bronze vale mais que a prata, pois o bronze é conquistado com vitória e a prata com derrota”.
Mas o jargão esportivo não vale para Guarulhos e Ribeirão. Ambos saíram do torneio com a certeza de que poderiam, no mínimo, ter chegado às finais.
Não há muito o que falar sobre o jogo: Ribeirão massacrou uma equipe que jogou todas as fichas contra o ABCD e ficou sem fôlego (e sem ânimo) para uma disputa de terceiro lugar.
Guarulhos agora tem na Metropolitana (dia 8/12) a chance de ser campeão e justificar a fama de melhor time da carreira. Para Ribeirão (se abdicar da Metropolitana que agora é aberta a toda carreira) é Feliz Natal e um 2017 com a manutenção do elenco e um algo a mais para subir dois degraus na próxima Supercopa.
Gols: Caio Jesus (três vezes), Jonas, “SaMITO” e Aluisio para a Regional Ribeirão Preto; “Jozidane” Rodolfo para a Regional Guarulhos
Toca nele que é gol: Caio Jesus fez a bola o obedecer por três vezes e quebrou tudo no templo das finais. Pena que o craque só ressuscitou na disputa de terceiro lugar quando já não era mais possível subir aos céus do título.
Esse é mito: Jonas quase foi bicampeão. Difícil dizer o que faltou para o título de Ribeirão, mas dentro do grupo a certeza é que o ex-Leste e ex-ABCD não será um ex-Ribeirão em 2017. A renovação é certa!
Relato da Grande Final
Tubarões da baixada 6 x 4 Grandíssimos do ABCDM
Pensa em uma grande final. Vai na memória e busca alguma especial. Lembrou? O que esse jogo teve que te marcou? Torcida, artilheiros, emoção, expulsão, grandes nomes, polêmica?
Então se você não estava na comemoração do dia dos mortos realizada em 2/11, além de uma grande festa, você perdeu outro desses jogos que te marcariam para sempre.
Dá pra descrever em palavras? Claro que não. Tudo que se disser aqui será pouco. Tudo que se falar no futuro, será pouco. E se alguma coisa que te disserem parecer mentira, uma invenção, acredite, aconteceu mesmo.
A Apadep não vai falar do jogo diretamente, seria impossível traduzir a emoção daquela partida em poucas palavras. Ao invés disso, fique com os personagens da partida, veja como cada um deles contribuiu para o maior espetáculo do ano de 2017.
Thiago Cury (Santos) e Urbano (ABCD): O goleiro de Santos jogou com uma luva de piloto de kart, mas foi o do ABCD que precisou mostrar velocidade para evitar um gol contra. Sem dúvida, dois dos melhores goleiros da Supercopa.
Bruno Stoppa e Gustavo Reis (ABCD), Kaka e Vinhas (Santos): os maestros deram show. Vinhas fez dois gols, Kaka fez um. Do outro lado, Gustavo Reis e Bruno Stoppa comandaram o time na pressão em cima de Santos. Destaque para Stoppa, que finalmente deixou de ser “jogador de Playball”.
Diogo (ABCD) e Gustavo (Santos): Gustavo acertou um chute seco que colocou o placar em 3 x 1 e parecia matar o ABCD. Também colocou Felipe Pires no banco, fazendo do clássico zagueiro de Santos “apenas” o treinador do time. Do outro lado Diogo levantou a torcida com um gol que colocava o ABCD no jogo (o quarto, deixando o placar em 5 x 4), pulou na grade e levantou a torcida que cantou “ôô, Diogo é melhor que o Eto´o”. Um dos (muitos) grandes momentos do jogo.
Caio “Pokemon”, Leo Lima (ABCD) Mateus Moro, Ricardo Zago (Santos): a juventude do ABCD quase fez a diferença, Caio “Pokemon” fez dois gols e Leo Lima um. Mas a experiência pesou na hora de decidir, com a segurança de Zago e a entrada de Moro para “fechar a casinha” de Santos mostrou que é melhor ter um time entrosado do que trazer jogadores a rodo, ainda que bons.
Rafael Galatti (ABCD), Ricardinho, André Gazal (Santos) e Marcos Pipoca (juiz): todos tiveram sua importância na final. Mas esses quatro personagens definiram o jogo. André Gazal já tinha feito um gol e atormentava a defesa do ABCD. Rafael Galatti se desdobrava para tentar parar o maior artilheiro da história das supercopas. Jogo tenso com placar de 5×4 e pressão do ABCD para empatar a partida.
Aí aconteceu algo inusitado: a bola ficou presa entre as pernas de Gazal e Galatti foi chutar a pelota para afastar o perigo. Por infelicidade acertou a cabeça de André. Duas vezes. Quem presenciou o lance percebeu a dupla boa-fé do zagueiro dos Grandíssimos, mas os nervos estavam à flor da pele e Ricardinho achou por bem falar com o defensor do ABCD de uma maneira, digamos assim, enérgica…
Aí entra o último personagem, o juiz Marcos Pipoca. A arbitragem dele é polêmica (inversão de laterais, cartões estranhos, etc) e ele polemizou ainda mais, distribuindo dois cartões vermelhos, um para Galatti, outro para Ricardinho.
O ABCD esfriou, Gazal fez mais um e fechou a tampa do caixão para comemorar o Dia dos Mortos com a taça e a chuteira de ouro.
Santos campeão da Supercopa 2016 e o time do ABCD boicotando até os cinemas da região metropolitana para diminuir a venda da pipoca…
Se você pensa que acabou, em 08/12/2016, às 20h00 teremos Torneio Metropolitano no Playball Pompéia (Av. Nicolas Boer, nº 66, São Paulo/SP, CEP 040-062). O torneio é aberto a toda a carreira e basta comparecer. PARTICIPE!!!