Dia Internacional da Mulher: Defensores fazem mutirão em Brasília sobre direitos da mulher

Na foto, usuária é atendida por Defensoras Públicas (Foto: DPDF)
Na foto, usuária é atendida por Defensoras Públicas (Foto: DPDF)

 

A Defensoria Pública do Distrito Federal promoveu nesta sexta-feira, 6 de março, um mutirão de informações na plataforma inferior da rodoviária do Plano Piloto. No local, Defensores Públicos se colocaram à disposição de mulheres interessadas em conhecer quais são os seus direitos e como reivindicá-los. O Departamento Psicossocial da Defensoria também esteve presente para oferecer apoio às mulheres vítimas de violência. O evento marcou o encerramento da Semana da Mulher promovida pela DPDF.

 

A proposta do evento foi evento estimular as mulheres a denunciarem casos de violência de gênero, que vão além da agressão física. “As mulheres nos procuram para assistência jurídica nas questões de trabalho, igualdade social e também conflitos familiares, nos assuntos que envolvem seu interesse: divórcio, pensão alimentícia e regulamentação de visita em relação aos filhos menores”, esclareceu o Defensor Público-Geral do DF, Ricardo Batista.

 

Batista explicou ainda que, em se tratando de atendimento a mulheres, esses são os casos que chegam à Defensoria com mais frequência. Para ele, o crescente número de denúncias é um fato positivo. “O lado ruim é que a violência contra a mulher é ainda muito intensa nos dias de hoje, e muitas vezes silenciosa”, disse. “A Defensoria Pública do DF quer quebrar esse silêncio”.

 

Foi com esse objetivo que P.S., que preferiu não se identificar, decidiu procurar o Mutirão da Mulher nesta manhã, depois de sete anos mantendo a filha sem a ajuda do ex-marido. Ela conta que antes tinha receio de se desgastar, mas percebeu que estava negligenciando seus direitos. “Hoje eu consigo entender que, independentemente de ser pensão ou ser qualquer outro tipo de interesse da mulher, ela tem, sim, de ir atrás”, afirma. “Acredito que a Defensoria Pública é o melhor caminho, não só para mim, mas para outras também, que não têm condições financeiras para arcar com os honorários de um advogado”.

 

Aparecida Pereira também procurou a Defensoria durante o mutirão. “Foi ótimo. Aqui a pessoa só chega, expõe a situação e já obtém resposta”. A senhora de 53 anos está buscando ajuda para a nora, envolvida em um conflito familiar com seus primos.

 

Já o caso de Fátima Auxiliadora, também de 53 anos, é mais complicado. Ela se emociona ao narrar os 31 anos de casamento, onde diz ter sido fisicamente agredida e humilhada psicologicamente. “Eu falo em favor das mulheres que hoje sofrem para não ficarem caladas como eu fiquei”, alerta. “Tem que procurar mesmo, por mais que se sintam inseguras e com medo. Esse medo não pode atrapalhar, porque a gente tem que ter voz”, conclui.

 

“É importante que a mulher saiba que a violência hoje não é mais tolerada”, afirma Dulcielly Nóbrega, Defensora coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública do DF, onde atende, em média, 80 casos mensalmente.

 

O evento contou com a parceria da Delegacia da Mulher, Secretaria do Estado de Trabalho e Empreendedorismo, Secretaria da Mulher e do Conselho dos Direitos da Mulher. “A intenção é empoderar a mulher através da informação”, concluiu Dulcielly.

 

Fonte: DPDF

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