CERIMÔNIA DE FORMATURA DO II CURSO DE DEFENSORES POPULARES ENTREGA CERTIFICADOS A 58 LIDERANÇAS DA SOCIEDADE CIVIL

No último dia 11/02, na cidade de São Paulo, no Instituto Sedes Sapientia, ocorreu a formatura do “II Curso de Defensores Populares”. Neste ano, formaram-se 58 alunos, após 15 aulas realizadas nos últimos oito meses. O curso, cujo principal objetivo é debater questões de direitos humanos e cidadania com lideranças dos movimentos sociais, é promovido pela Escola da Defensoria Pública do Estado (EDEPE) em parceria com diversas entidades, dentre elas a APADEP – Associação Paulista de Defensores Públicos.

As 15 aulas abordaram noções básicas de direito, acesso à justiça, direitos humanos, questões de gênero, de moradia, agrárias, segurança pública, direito à comunicação, dentre outros.

A cerimônia de formatura contou com a presença dos 58 novos Defensores Populares, além de importantes lideranças do movimento social, como Benedito Barbosa, da União dos Movimentos de Moradia (UMM-SP) e João Pedro Stédile, da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), que também foi escolhido paraninfo da turma.

Segundo o Defensor Público Gustavo Reis, diretor assistente da EDEPE, os alunos se envolveram durante o curso. “Houve alunos que relataram a experiência de terem aplicado o que aprenderam no curso, levando a educação em direitos para a solução de conflitos em suas comunidades”.

Durante sua fala na cerimônia de formatura, o Defensor Público Caio Jesus Granduque, Diretor de Articulação Social da APADEP, destacou a diferença conceitual entre o “velho” e o “novo” direito, relacionando-a com o curso de Defensores Populares. “Se o velho direito é instrumento da conservação e manutenção da ordem, do controle e opressão das classes oprimidas, o novo direito é instrumento de transformação social, da libertação e emancipação humana, posto a serviço de toda e qualquer pessoa para que possa buscar existencialmente a felicidade. Os Defensores Populares são, sem dúvida alguma, importantes artífices e construtores desse novo direito. Se no velho direito ainda se fala em operadores do direito, dando-se a impressão de que o direito está pronto e acabado nos códigos, o novo direito pede construtores do direito, explicitando que o direito não é operado, mas construído no processo histórico, ou seja, ele não é norma tão somente, mas uma normatividade em vir-a-ser alimentada pela luta de classes e movimentos sociais emancipatórios”, disse.

A segunda edição do “Curso de Defensores Populares” foi resultado de uma parceria, além da APADEP, entre EDEPE, Escritório Modelo da PUC–SP, União dos Movimentos de Moradia (UMM) e o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos. Contou, também, com o apoio do Serviço de Assessoria Jurídica Universitária (SAJU), Centro de Direitos Humanos de Sapopemba (CDHS), Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo (CEDHEP), Central de Movimentos Populares (CMP), Centro de Educação Popular do Instituto Sedes Sapientiae (CEPIS), União de Mulheres de São Paulo e CEDECA Interlagos, Instituto Paulo Freire e Associação Nacional de Direitos Humanos – Pesquisa e Pós Graduação (ANDHEP).

* Com informações da Assessoria de Comunicação da Defensoria Pública de SP.

Veja outras fotos da Formatura do Curso.

Clique aqui para ter acesso ao cronograma completo das aulas deste “II Curso de Defensores Populares”.

Veja o que foi publicado sobre a primeira edição do “Curso de Defensores Populares”.

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