Com o intuito de reforçar a identidade da Defensoria Pública como instituição de proteção e promoção dos direitos humanos, a APADEP se posiciona em conformidade com a manifestação de repúdio da Associação Nacional (ANADEP) e das Associações estaduais de Mato Grosso do Sul e da Bahia em relação aos fatos de discriminação de gênero e opressão ocorridos nas últimas semanas, nos dois estados.
No dia 4 de julho, o promotor de Justiça, em Sessão do Tribunal do Júri de Feira de Santana-BA se utilizou de frase e comportamento machistas, com teor sexualizado, para constranger a Defensora Pública durante o exercício de sua função. No dia 12, em audiência da 14ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá-MT, a vítima de crime de estupro praticado pelo pai biológico foi impedida de estar em audiência assistida pela Defensora Pública do Estado.
A APADEP defende a prorrogativa de defensoras/es públicas/os de prestar amparo na defesa da vítima em ato processual, externa indignação em relação ao ocorrido e também se coloca no dever de reforçar a relevância da Defensoria Pública como agente de combate a práticas misóginas e sexistas culturalmente aceitas em todos os ambientes da sociedade.
A entidade reforça, ainda, que em 2019 liderou, ao lado da ANADEP, a campanha nacional #EmDefesaDelas que tem como estratégia a reversão de práticas de violência contra as mulheres e de garantia de sua dignidade e direitos.