Numa busca rápida por notícias dos últimos dois dias na internet, nos deparamos com assustadores casos de racismo praticados em diferentes ambientes, por pessoas de idades, posições e classes sociais distintas. Na semana da Consciência Negra, é possível perceber que estamos longe da consciência e que há muito trabalho a ser feito.
Em questão de 48 horas, encontramos, entre outros relatos, grandes veículos de comunicação publicando as seguintes matérias: “Jogadora do Corinthians é vítima de racismo em partida da Libertadores – Adriana foi xingada de macaca após marcar um gol na goleada do Timão por 8 x 0 diante do Nacional do Uruguai”; “Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito contra a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) para apurar denúncias de crime de racismo nas redes sociais”; “Chico César é alvo de comentários racistas em programa de rádio na Paraíba: Aquele neguinho”; “Mãe denuncia vereador por mensagens racistas contra filha de 2 anos: Pretinha feia”; “Menina tem tranças cortadas em escola, e mãe denuncia racismo”. São dezenas de casos que devem ser combatidos.
Segundo material publicado pela ANADEP em razão da Campanha Nacional “Racismo se combate em todo lugar”, um dos caminhos para acabar com as desigualdades raciais presentes na nossa sociedade é a implementação das ações afirmativas de cunho racial, ou seja, o Estado deve adotar uma série de políticas públicas com o objetivo de interromper processos históricos de discriminações raciais e garantir a presença da população negra, indígena e quilombola na sociedade com equidade. À Defensoria Pública cabe utilizar todos os recursos legais para combater o racismo e garantir os direitos de todas/os.
Como vimos, o caminho é longo, mas necessário! A Apadep promove e incentiva iniciativas antirracistas e oferece total apoio àquelas/es que atuam pela igualdade étnico-racial.
